Análise da água da piscina

O pH é um parâmetro fundamental para o equilíbrio químico da água da piscina. A sua manutenção entre 7,2 e 7,4 é crucial porque:

• Assegura a eficácia do cloro: Se o pH estiver fora deste intervalo, o cloro perde o seu poder desinfetante.
• Evita a irritação da pele e dos olhos: Um pH incorreto pode causar desconforto aos banhistas.
• Evita as incrustações ou a corrosão: Um pH elevado favorece a acumulação de sais, enquanto um pH baixo pode corroer os elementos metálicos da piscina.
• Melhora a qualidade da água: Um pH estável reduz a turvação e melhora a clareza da água

• Ponto de amostragem: 20 cm de profundidade e a 30 cm da parede, longe das entradas de água. Recomendamos que seja no meio da piscina.
• Hora: De preferência à mesma hora do dia, evitando as horas de ponta.
• Recipiente: Utilizar recipientes limpos e lavados com água da piscina.

Para escolher o sistema correto, deve ter em conta:

A precisão de que necessita:

Para uma manutenção básica, as tiras analíticas podem ser suficientes.

Se procura uma maior precisão, um medidor digital ou um fotómetro é a melhor opção.

Velocidade de medição:

As tiras e kits manuais oferecem resultados rápidos em segundos ou minutos. Os fotómetros e os medidores digitais requerem um pouco mais de tempo, mas oferecem maior fiabilidade.

Frequência dos testes:

Se testar a sua água com frequência, um sistema rápido e fácil de utilizar será fundamental. Se precisar de uma análise precisa, pode optar por fotómetros.

A escolha do sistema de medição para a análise da água da sua piscina depende não tanto do tipo de desinfeção que utiliza (cloro, bromo, solução salina, oxigénio ativo, etc.), mas do nível de precisão e da rapidez de que necessita para a medição.

Todos os sistemas de medição são compatíveis com qualquer tipo de tratamento, mas existem diferenças em termos de fiabilidade, facilidade de utilização e custo.

• Tiras-teste: 10-30 euros por 50-100 tiras.
• Kits: 30-100 euros para kits básicos.
• Medidores digitais: 50-500 euros por dispositivo individual (pH, ORP, etc.).
• Fotómetros: 200-1000 euros, dependendo da complexidade e dos parâmetros medidos

• Utilização doméstica ocasional: 1-2 vezes por semana, são suficientes tiras ou kits líquidos. Recomendamos a medição do nível de sal todos os meses.
• Utilização intensiva ou comercial: diariamente ou várias vezes por dia, sendo mais adequados os fotómetros ou os medidores digitais.
• Piscinas públicas: de acordo com os regulamentos locais, normalmente várias vezes por dia com equipamento de alta precisão.

• Tiras de teste: Precisão ±10-20%, adequadas para controlos rápidos.
• Kits: Precisão ±5-10%, requerem mais perícia mas são mais exactos do que as tiras.
• Medidores digitais: Precisão ±1-3%, excelente para parâmetros específicos, como pH ou ORP.
• Fotómetros: Precisão ±2-5%, ideal para medições profissionais ou piscinas públicas.

• pH: Mede a acidez ou alcalinidade da água. O intervalo ideal situa-se entre 7,2 e 7.612.
• Cloro livre: é o desinfetante ativo da água. O nível ótimo situa-se geralmente entre 1 e 1,5 ppm (partes por milhão)
• Cloro total: Inclui o cloro livre e o cloro combinado Alcalinidade: Ajuda a estabilizar o pH. O intervalo recomendado é de 80 a 150 ppm
• Dureza do cálcio: Mede a concentração de minerais de cálcio. O nível ideal situa-se entre 200 e 400 ppm
• Ácido cianúrico (estabilizador): Ajuda a manter o cloro estável sob a luz solar.
• ORP (Potencial de Redução da Oxidação): mede a capacidade de desinfeção da água.

Além disso, consoante o tipo de piscina e de tratamento, pode ser necessário medir:

• Salinidade: Para piscinas com cloração salina.
• Fosfatos: Podem contribuir para o crescimento de algas.
• Metais: como o cobre ou o ferro, que podem causar manchas.

Se o pH for demasiado elevado (>7,8):

• A eficácia do cloro é reduzida, permitindo o desenvolvimento de bactérias e algas.
• Pode causar irritação nos olhos e na pele. Aumenta a turvação da água.
• Favorece a formação de incrustações de cálcio nas tubagens e no equipamento.
• Pode entupir os filtros e reduzir a eficiência do sistema de recirculação.

Se o pH for demasiado baixo (

• Aumenta a agressividade da água, o que pode provocar a corrosão de tubagens, bombas e acessórios metálicos.
• Pode provocar irritações nos olhos, na pele e nas mucosas dos banhistas.
• Torna o cloro mais agressivo e consome-se mais rapidamente, gerando odores fortes e afectando a estabilidade química da água.

O pH tem uma relação direta com a eficácia do cloro na água.

Como o pH influencia o poder desinfetante do cloro:

• A um pH de 7,2, cerca de 66% do cloro está na sua forma mais eficaz (ácido hipocloroso, HOCl).
• A pH 7,6, apenas 42% do cloro está ativo.
• A pH 8,0, a eficácia do cloro desce para 25%.

Se o pH for elevado (>7,8):

• Forma-se mais hipoclorito (ClO-), que é menos eficaz do que o ácido hipocloroso (HOCl).
• Isto significa que, mesmo que haja cloro suficiente na água, a sua capacidade de desinfeção será menor.

Se o pH for baixo (

• A quantidade de ácido hipocloroso (HOCl) aumenta, o que torna o cloro mais eficaz.
• No entanto, um pH muito baixo pode fazer com que o cloro se esgote rapidamente e causar irritação aos banhistas.

Para medir a salinidade da água de uma piscina com eletrólise de sal, recomenda-se a utilização de medidores digitais de condutividade e de TDS (total de sólidos dissolvidos), uma vez que o sal influencia a condutividade eléctrica da água.

Métodos de medição da salinidade:

Medidores digitais EC/TDS (Condutividade Eléctrica/Sólidos Totais Dissolvidos)

• Permitem uma medição precisa e rápida.
• Alguns modelos, como o HI 98302 e o HI 98312, oferecem uma medição combinada de TDS, condutividade e temperatura.

Tiras de teste de salinidade

• Método menos preciso, mas útil para um controlo rápido.